quarta-feira, junho 04, 2008

Torre Dona Chama: Maior sela/albarda do mundo no Guinness

imagem em:www.dn.sapo.pt


A maior “sela/albarda” do mundo confeccionada por dois artesãos transmontanos de Torre Dona Chama acabou de receber o certificado do Guinness, divulgaram os promotores.
"É o reconhecimento de que o artesanato e as nossas raízes são uma mais valia", disse à Lusa a presidente da freguesia local, Paula Lopes.
A autarca foi a impulsionadora desta iniciativa que acaba de ser aprovada e reconhecida pelo Guinness World Records, quatro meses depois de ter sido confeccionada.
A junta de freguesia já recebeu o certificado azul dos recordes mundiais que declara a sela-albarda de Torre Dona Chama a maior alguma vez confeccionada no mundo.
"A maior sela tem 2,92 metros de comprimento, 1,20 de altura, à frente, e 1,55 atrás, e foi feita por Carlos Almeida e Manuel Nogueira, ambos de Portugal", lê-se no certificado escrito em inglês.
A sela foi apresentada e observada pelos representantes do Guinness a 03 de Fevereiro, num desfile carnavalesco, na vila transmontana do concelho de Mirandela.
Segundo a autarca passará agora a ser o "ex-libris" da localidade com um espaço próprio de exposição no museu das artes e ofícios, que será inaugurado no final do mês.
Este museu terá oficinas para os artesãos da terra trabalharem ao vivo e venderem os seus produtos.
A autarca acredita que a sela vai ainda valorizar mais as artes tradicionais pelas quais sempre foi conhecida esta terra, e até já tem convites para uma digressão a Lisboa e a Paris, em França.
"A gente do Guinnness não conhecia" o regionalismo albarda e por isso ficou inscrita como a maior sela, o utensílio usado em cima dos animais na lavoura.
Carlos e Manuel levaram perto de cinquenta horas a construir a réplica gigante, com 30 metros de estopa (pano), 72 "pés" (medida) de pele de vaca, 25 quilos de cabedal para as correias e cinco meadas de lã para os enfeites.
A maior sela do mundo pesa perto de uma centena e meia de quilos.
A iniciativa serviu para chamar a atenção para as artes tradicionais numa localidade onde, entre os cerca de 1800 habitantes, ainda há artesãos que perpetuam as tradições locais e alguns vivem mesmo da arte.

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